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Padre Carlos nos fala!

Mensagem do padre Carlos para nós
Parte da beleza e do mistério da nossa vida cristã é como o tempo e a eternidade interagem um com o outro. Por exemplo, sabemos que sempre que paticipamos da missa, não estamos apenas lembrando o sacrifício de Cristo no Calvário, mas através da celebração da missa entramos naquele momento e, no ponto alto da missa, estamos ali com o nosso Senhor quando Ele dá a vida por nós, para sermos libertos do pecado e herdemos a vida eterna.
Os mistérios da nossa salvação marcam o fluxo do nosso calendário anual. Algumas datas como a Anunciação e o Natal são fixas em datas fixas, enquanto outras comemorações como a Páscoa migram um pouco de ano em ano. Algumas das festas do nosso calendário litúrgico são suficientemente significativas para substituir a celebração dominical. É o caso deste domingo. Seguindo o nosso ciclo de leituras, hoje seria o décimo oitavo domingo do tempo comum, mas seguindo o nosso calendário litúrgico, neste domingo celebramos a festa da Transfiguração, que é tradicionalmente celebrada no 6 de agosto. O Papa Calixto III fixou esta festa em 1456 em comemoração duma vitória ocorrida contra os turcos em Belgrado neste dia. A Transfiguração do nosso Senhor também aparece no nosso lecionário em conexão com o segundo domingo da Quaresma e, claro, refletimos sobre a Transfiguração durante a quarta década dos mistérios luminosos do Rosário.
A Transfiguração é um dos momentos epifânicos da vida do nosso Senhor. Recordamos que as epifanias são aqueles momentos em que vemos claramente a divindade de Jesus através da sua humanidade. Outros momentos de epifania são a visita dos Reis Magos e o batismo de Jesus no Jordão. A Transfiguração é registada em todos os três Evangelhos Sinópticos (Marcos 9:2–13; Mateus 17:1–13; Lucas 9:28–36). A Transfiguração é o ponto final do ministério público de Jesus, assim como o seu batismo foi o ponto de partida. Este acontecimento é significativo na vida de Jesus porque resplandece a sua divindade e indica como ele cumpre tanto a Lei como os Profetas. Moisés e Elias são testemunhas disso, Moisés como o primeiro a receber a lei de Deus e Elias como um dos maiores profetas que Deus enviou ao Seu povo. A Transfiguração serve como um lembrete para os discípulos de como Deus cumpriu as suas promessas ao Seu povo escolhido, e também prepara os discípulos para o que está por vir, enquanto Jesus se prepara para a sua paixão e morte. Embora os discípulos não entendam isso, eles recebem um vislumbre da glória de Jesus que verão após da sua ressurreição.
O pedido de Pedro para construir tendas na montanha pode ser um desejo de se apegar a essa poderosa experiência e não descer da montanha e voltar à rotina da vida, mas alguns estudiosos acreditam que a Transfiguração ocorreu durante a festa judaica dos Tabernáculos, durante a qual as pessoas construíam tendas ou barracas lembrando a glória de Deus e a sua confiança em Deus durante o seu tempo no deserto, e assim a reação de Pedro se encaixaria bem com isso. No nosso próprio calendário, a Transfiguração ocorre quarenta dias antes da Festa da Exaltação da Santa Cruz no 14 de setembro, e assim, de certa forma, podemos ver isso como uma peregrinação espiritual que nos lembra como a glória do Senhor está sempre connosco. , quer nos encontremos em momentos de caminhada, de carregar as cruzes da vida, ou simplesmente em momentos de oração. Que esta festa nos lembre da importância de passar tempo com o Senhor para podermos sempre reconhecer e alegrar-nos na sua glória. – Pe. Carlos
Fr. Carlos D. Suarez
Pastor
Stoughton Catholic Parishes
(781)886-6057
foto: internet
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